sábado, 7 de julho de 2012

E...


"Ainda bem que sempre existe outro dia.
E outros sonhos.
E outros risos.
E outras pessoas.
E outras coisas.
E outros amores"

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Meu Ciclo

Mais um dia de vida.
Mais um ano de vida.
Durante este ano que se passou, eu:
Experimentei novidades,
Pratiquei velhos costumes.
Conheci novas pessoas,
Reencontrei antigos conhecidos.
Ganhei algumas coisas,
Perdi outras.
Sorri, Chorei.
Calei, Gritei.
Cantei, Dancei.
Conquistei, Renunciei.
Amei, Ousei.
Aprendi e, também, ensinei.
Enfim... eu vivi.
E, continuo vivendo.
Que venham outros anos a mais.


Jennifer Almeida.


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"Quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos."
                              (Fábio Júnior)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Para Não Banalizar

Não é clichê.
Não são palavras soltas.
Não falo pelo prazer da pronúncia.
Muito menos da escuta.
Falo porque sinto.
E, porque, quero que as pessoas saibam o que despertam em mim.
Porém, a recíproca nem sempre é verdadeira.

Quando digo que amo um familiar,
Quero dizer que ele é de uma importância inestimável para mim.
Quando digo que amo um amigo,
Estou dizendo que daria a minha vida por ele.
Quando digo que amo meu namorado,
Quero dizer que darei o melhor de mim enquanto estivermos juntos.

Uma frase de sumo valor.
Tão mal utilizada ultimamente.
Como se assumisse um compromiso irrevogável,
Não é banalidade quando alguém me ouve dizer:
Eu Amo Você!

Pérola Negra.

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"E, no fundo, o amor que você dá é o amor que você quer receber"
(Paul McCartney)


sábado, 21 de abril de 2012

Saudades


Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei.
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser.
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
lembrando do passado e apostando no futuro.
Sinto saudades do futuro, que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser.
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu;
de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
(...)

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar, sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi.
(...)

Talvez não exprima corretamente a imensa falta
que sentimos de coisas ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência.

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dia do Beijo

Beijo! Ah, o beijo. Tão simples e tão devastador. Possui várias formas e várias definições. O dicionário diz que é o ato de encostar os lábios em pessoa, animal ou objeto, fazendo sucção leve ou forte. Mas, quem ousa limitá-lo a isto? O beijo é muito mais.
Alguns dizem que é uma manifestação de carinho. Outros, o consideram um gesto trivial. E, há quem diga que este é o maior símbolo do amor. Existe o tipo tímido. O tipo audacioso. Aquele ardente de ingenuidade. E, aquele puro de voracidade.
Seja ele dado, recebido, trocado ou roubado o beijo tem poder mágico. É capaz de abrir sorrisos; estagnar lágrimas; curar feridas e permutar almas. Fonte de inspiração e desejo.
Ah... que vontade de dá aquele Beijo!

Jennifer Almeida.

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"O amor é grande e cabe nessa janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar"
(Carlos Drummond de Andrade)

sábado, 31 de março de 2012

O Amor e a Razão

Pinta-se o amor sempre menino, porque ainda que passe dos sete anos [...], nunca chega à idade de uso da razão. Usar de razão e amar são duas coisas que não se juntam. A alma de um menino, que vem a ser? Uma vontade com afetos e um entendimento sem uso. Tal é o amor vulgar. Tudo conquista o amor, quando conquista uma alma; porém o primeiro rendido é o entendimento. Ninguém teve a vontade febricitante, que não tivesse o entendimento frenético. O amor deixará de variar, se for firme, mas não deixará de tresvariar, se é amor. Nunca o fogo abrasou a vontade, que o fumo não cegasse o entendimento. Nunca houve enfermidade no coração, que não houvesse fraqueza no juízo.

(Pe. Antônio Vieira)

sábado, 24 de março de 2012

BAMBA

Hoje é dia de coração apertado; dia de olhos marejados; pensamentos distantes e lembranças aguçadas.
Hoje é dia de vontade. Vontade de ter por perto. Vontade de ver de novo e falar as últimas palavras. Vontade de despedida.
Guardo as melhores recordações de tudo o que vivemos. Tantas brincadeiras, gargalhadas, emoções. Sua passagem foi muito especial em minha vida. Suas marcas estão aqui bem cuidadas.
Um ano se passou. Agora, só desejo que esteja em um lugar pacífico.
Te levarei sempre comigo, amiga!
Hoje é dia de saudade.
Jennifer Almeida.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Meu Coração

Meu coração não tem tranca nem porteira.
É livre como um pássaro ligeiro.
Que voa alforriado sem fronteira.
Pois nunca foi cativo ou prisioneiro.

É como coração de estudante.
Que gosta de sair mundo a fora.
Que muda de amor a todo instante.
Que ama e se apaixona a toda hora.

Meu coração costuma ouvir meus pensamentos.
Meu íntimo censor da vida inteira.
Aquele que está sempre comigo.

Contudo, mesmo com todo aconselhamento.
Meu coração quase sempre faz besteira.
Tratando com frieza o amor que mais preciso.

                                                                 (Charlovengon)

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ser* Humano



Quando eu era mais nova achava que tinha uma mania besta: chorava e sofria com o sofrimento dos outros. Carrego isso comigo até hoje. Certa vez, me acabei de chorar, por dias, com a notícia do falecimento do namorado de uma amiga distante. Eu não tinha intimidade (amizade ou contato) com ele, mas sofria ao imaginar a dor que minha amiga estava sentindo, e há muito tempo eu não a via. Foi então que, há dois anos atrás, um professor de redação mencionou uma palavra em sala de aula e explicou seu significado: EMPATIA.
Eu nunca tinha ouvido esta palavra. Ele disse que é quando uma pessoa põe-se no lugar de outra; toma pra si o que acontece com os outros, positiva ou negativamente. E, de imediato, eu me identifiquei com aquela definição. Descobri que eu possuía uma tal empatia. Entendi que não era uma besteira, como eu pensava antes. Era algo sério. Muito sério. Bonito de se sentir. Humano!
Depois de conhecer um pouco mais, concluí que a empatia está diretamente ligada à solidariedade. Vivo isso constantemente. Semana passada tive mais duas provações sobre meu desempenho empático: eu o conhecia há poucos dias; estive pouco tempo com ele, mas não iria abandoná-lo naquele estado. Ele estava só e precisava de ajuda. Fiquei atônita com tamanha indiferença dos que estavam ali vendo o que acontecia e de braços cruzados. E pensei: “se eu estivesse no lugar dele, quem me ajudaria? Como eu sairia dessa?” Depois de muito tempo, consegui ajuda e fiquei ao seu lado até quando percebi que estava “tudo em ordem”. Ele ficou surpreso e muito grato a mim.
Dois dias depois, mais uma situação delicada: ela cortou o dedo (corte feio mesmo) e não tinha quem a acompanhasse ao hospital. Se não bastasse tanta dor e a demora do marido em ir buscá-la, ele (sua única companhia aqui), ao chegar, esnobou totalmente seu apelo. Mais uma vez imaginei o que ela estava sentindo: dor, raiva, tristeza, decepção, por qual dos sentimentos ela mais chorava? Como eu me sentiria se estivesse no lugar dela? Eu senti. Foi muito ruim. Então, fui com ela ao hospital e tomei as providências como todo acompanhante de paciente sem condições que agir sozinho. Ela levou 6 pontos (para grande surpresa de seu marido), voltamos pra casa e tudo ficou bem.
Quando faço essas coisas, nunca espero recompensa. Só faço porque penso que se eu estivesse no lugar dele (a), gostaria que alguém me ajudasse. O melhor é a sensação que me toma depois. Saber que ajudei uma pessoa num momento preciso. Nestes casos, momentos em que os dois estavam longe de familiares e amigos que pudessem realizar seus papeis de companheiros.
Se eu pudesse, plantaria uma semente de empatia no coração de todas as pessoas que conheço, e das que não conheço também. Para que todo mundo tivesse vontade, singela, de ajudar uns aos outros. Já que não sou possuidora de imensa sabedoria de plantio, faço minha parte soltando umas sementinhas aqui e ali. Acredito que elas brotarão e quando eu precisar poderei me alimentar de seus frutos.

Pérola Negra.

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"Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza."
(Allan Kardec)
 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Dois Barcos ♫


Quem bater primeiro a dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer, aponta pra fé 
E rema

É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, Morena?
Sobre estar só, eu sei
nos mares por onde andei
devagar 
dedicou-se mais o acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar

(Los Hermanos)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dia da Saudade


Solidão, nostalgia, amor, alegria, tristeza, desejo.
Achada, causada, sentida, mantida.
Um sentimento, um refúgio, um detalhe, uma esperança.
Domina, em instantes, o âmago da gente.
Amigos, familiares, momentos, lugares.
De dia, de noite, solitária, acompanhada.
E, então, sentimos a presença de algo ausente!

Pérola Negra.

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"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração"
(Henrique Maximiliano)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Novo Desafio



Eis que um novo desafio me é lançado.

Algo totalmente novo e cobiçado.

Vou encará-lo com a garra e a ousadia de quem teme mas, não recua.

Pois, prevalece o desejo de enfrentar e realizar.


Pérola Negra.

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"Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante"
(Clarice Lispector)



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mulher Borboleta ઇ‍ઉ


Borboletas são livres.
Minha alma também.
Anseio liberdade, beleza e amor
De ir, vir e sentir.
Paixão, ar, calor.

Preciso criar...
Voar.
Sentir o vento nos cabelos.
Mas os pés no chão.
Quero abraço.
Mas quero espaço.

Mulher borboleta.
Pequenina e voraz.
Tem um vôo que seduz.
Uma beleza que satisfaz.

Possuidora de uma leveza que conduz.
Sua fragilidade lhe faz uma mulher que reluz!
Precisa de arte.
Precisa que invada.
Que o coração dispare.
Que a saudade mate.

Não a prenda.
Traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um.
Ela é da natureza.
Ela é dela.

Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento,
Que ela vai.
Mas espere...
Pois ela volta.

(Autor Desconhecido)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meu Girassol




Não é fácil admitir que o meu Girassol murchou e eu quis mantê-lo assim. Quando um novo sol aparecia, eu afastava-o dele. Mesmo notando um brilho interessante. Era interessante, mas não era desejável. Não naquela intensidade.


Depois de um bom tempo sem deixar meu Girassol reflorescer, resolvi mudar esse quadro. Sei que ele resistiu há tanto, sem mudar de terreno, porque se adapta perfeitamente a condições de solo pouco favoráveis e o seu cultivo não exige maquinário especializado. O pouco que eu dava era suficiente. Além do mais, possui raiz profunda, não é fácil arrancá-lo. Agora, irei regá-lo da forma que merece.

Hoje, novo sol nasce no meu quintal. Implorando atenção e uma chance de dá vida à minha flor. Desta vez, fiz diferente e acatei o seu pedido. Esta planta produz flores na primavera e no verão, mas pode florescer o ano todo. E o sol que reluz hoje, não é igual ao de ontem, nem o de amanhã.

Vou voltar sua corola para o sol, do nascente ao poente, e desfrutar de todos os bens que ele tem a me oferecer: de suas flores vou extrair o mel para adoçar a minha vida; vou deixar que suas sementes alimentem os meus sentimentos mais nobres e que o óleo, extraído delas, lubrifique o meu íntimo; de suas folhas, vou gozar o poder de alelopatia e usar a beleza do conjunto para ornamentar o meu caminho. O deixarei livre para praticar o heliotropismo e, assim, sobreviver. Afinal, trata-se da Flor do Sol. Porém, se um dia deixar de existir, ficarei com a matéria orgânica deixada no solo, pela sua morte. Até que outro sol resplandeça!

Pérola Negra.

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"Isso será coragem minha, a de abandonar sentimentos antigos já confortáveis"
(Clarice Lispector)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Entenda!




Desde que me fechei para este tipo de coisa, é exatamente ela que tem me aparecido, sempre. Eu decidi me fechar. Não viver isso. E tive meus motivos. Mas, por que, agora, todos querem fazer uma história comigo? E num intervalo de tempo tão curto? Sofrem porque eu falo a verdade. Sofreriam muito mais se eu mentisse. Alimentar ilusão não faz parte do meu vocabulário. No momento, não consigo me entregar por inteira a alguém. E se é para entregar a minha metade, prefiro não fazê-lo. É difícil entender?!


Pérola Negra.
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"Entregar-me ao que não entendo será pôr-me à beira do nada. Será ir apenas indo, e como uma cega perdida num campo"
(Clarice Lispector)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Medo de Amar ♪



Tá com medo de amar, é?
Tá com medo do amor e aí? 
Deixa a página virar, é 
Deixa o coração em flor se abrir.

(Hugo e Gabriel)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mensagem



Quatro velas estavam queimando ruidosamente, calmamente.

O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:

A primeira vela disse:
- Eu sou a
Paz!
Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me,
acho que vou apagar.
E diminuindo, devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda vela disse:
- Eu me chamo
!
Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de mim. Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar,
esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.
E sem esperar apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto?
Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.

Então, a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança.
Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas.
Eu sou a
Esperança!

A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

(Ágape)