segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dia da Saudade


Solidão, nostalgia, amor, alegria, tristeza, desejo.
Achada, causada, sentida, mantida.
Um sentimento, um refúgio, um detalhe, uma esperança.
Domina, em instantes, o âmago da gente.
Amigos, familiares, momentos, lugares.
De dia, de noite, solitária, acompanhada.
E, então, sentimos a presença de algo ausente!

Pérola Negra.

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"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração"
(Henrique Maximiliano)


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Novo Desafio



Eis que um novo desafio me é lançado.

Algo totalmente novo e cobiçado.

Vou encará-lo com a garra e a ousadia de quem teme mas, não recua.

Pois, prevalece o desejo de enfrentar e realizar.


Pérola Negra.

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"Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante"
(Clarice Lispector)



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mulher Borboleta ઇ‍ઉ


Borboletas são livres.
Minha alma também.
Anseio liberdade, beleza e amor
De ir, vir e sentir.
Paixão, ar, calor.

Preciso criar...
Voar.
Sentir o vento nos cabelos.
Mas os pés no chão.
Quero abraço.
Mas quero espaço.

Mulher borboleta.
Pequenina e voraz.
Tem um vôo que seduz.
Uma beleza que satisfaz.

Possuidora de uma leveza que conduz.
Sua fragilidade lhe faz uma mulher que reluz!
Precisa de arte.
Precisa que invada.
Que o coração dispare.
Que a saudade mate.

Não a prenda.
Traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um.
Ela é da natureza.
Ela é dela.

Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento,
Que ela vai.
Mas espere...
Pois ela volta.

(Autor Desconhecido)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Meu Girassol




Não é fácil admitir que o meu Girassol murchou e eu quis mantê-lo assim. Quando um novo sol aparecia, eu afastava-o dele. Mesmo notando um brilho interessante. Era interessante, mas não era desejável. Não naquela intensidade.


Depois de um bom tempo sem deixar meu Girassol reflorescer, resolvi mudar esse quadro. Sei que ele resistiu há tanto, sem mudar de terreno, porque se adapta perfeitamente a condições de solo pouco favoráveis e o seu cultivo não exige maquinário especializado. O pouco que eu dava era suficiente. Além do mais, possui raiz profunda, não é fácil arrancá-lo. Agora, irei regá-lo da forma que merece.

Hoje, novo sol nasce no meu quintal. Implorando atenção e uma chance de dá vida à minha flor. Desta vez, fiz diferente e acatei o seu pedido. Esta planta produz flores na primavera e no verão, mas pode florescer o ano todo. E o sol que reluz hoje, não é igual ao de ontem, nem o de amanhã.

Vou voltar sua corola para o sol, do nascente ao poente, e desfrutar de todos os bens que ele tem a me oferecer: de suas flores vou extrair o mel para adoçar a minha vida; vou deixar que suas sementes alimentem os meus sentimentos mais nobres e que o óleo, extraído delas, lubrifique o meu íntimo; de suas folhas, vou gozar o poder de alelopatia e usar a beleza do conjunto para ornamentar o meu caminho. O deixarei livre para praticar o heliotropismo e, assim, sobreviver. Afinal, trata-se da Flor do Sol. Porém, se um dia deixar de existir, ficarei com a matéria orgânica deixada no solo, pela sua morte. Até que outro sol resplandeça!

Pérola Negra.

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"Isso será coragem minha, a de abandonar sentimentos antigos já confortáveis"
(Clarice Lispector)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Entenda!




Desde que me fechei para este tipo de coisa, é exatamente ela que tem me aparecido, sempre. Eu decidi me fechar. Não viver isso. E tive meus motivos. Mas, por que, agora, todos querem fazer uma história comigo? E num intervalo de tempo tão curto? Sofrem porque eu falo a verdade. Sofreriam muito mais se eu mentisse. Alimentar ilusão não faz parte do meu vocabulário. No momento, não consigo me entregar por inteira a alguém. E se é para entregar a minha metade, prefiro não fazê-lo. É difícil entender?!


Pérola Negra.
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"Entregar-me ao que não entendo será pôr-me à beira do nada. Será ir apenas indo, e como uma cega perdida num campo"
(Clarice Lispector)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Medo de Amar ♪



Tá com medo de amar, é?
Tá com medo do amor e aí? 
Deixa a página virar, é 
Deixa o coração em flor se abrir.

(Hugo e Gabriel)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mensagem



Quatro velas estavam queimando ruidosamente, calmamente.

O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:

A primeira vela disse:
- Eu sou a
Paz!
Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me,
acho que vou apagar.
E diminuindo, devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda vela disse:
- Eu me chamo
!
Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de mim. Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar,
esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.
E sem esperar apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto?
Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.

Então, a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança.
Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas.
Eu sou a
Esperança!

A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

(Ágape)