Quatro velas estavam queimando ruidosamente, calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:
A primeira vela disse:
- Eu sou a Paz!
- Eu sou a Paz!
Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me,
acho que vou apagar.
E diminuindo, devagarzinho, apagou totalmente.
E diminuindo, devagarzinho, apagou totalmente.
A segunda vela disse:
- Eu me chamo Fé!
- Eu me chamo Fé!
Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de mim. Não faz sentido
continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar,
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar,
esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.
E sem esperar apagou-se.
E sem esperar apagou-se.
De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto?
Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.
Então, a quarta vela falou:
- Não tenha medo criança.
Enquanto eu queimar, podemos acender as outras velas.
Eu sou a Esperança!
A criança com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.
(Ágape)
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