segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Meu Ombro Amigo



Estou feliz com o que me aconteceu esses dias.
Depois de acabado os tempos de colégio, nossa amizade sofreu mudanças. Isso não foi surpresa para mim. Sabia que aconteceria (e faço de tudo para que sintam que, no fundo, nada mudou). Não foi só o fim do colegial, mas, principalmente, o início de nossos namoros: primeiro o meu, que já teve fim; hoje, o dela.
Éramos muito unidas. Vivemos momentos incríveis e coisas inesquecíveis, juntas. Dividimos muitos segredos, experiências, aventuras. E construímos uma linda amizade. Nos distanciamos por vários motivos: ocupações; por morarmos longe; uma sendo solteira e outra namorando, não freqüentamos os mesmos lugares... essas coisas. Hoje, não sei muita notícia dela. Quando nos encontramos, o que pouco acontece, sinto um “ar” diferente do que era. Mas, continuamos amigas!
O melhor aconteceu na semana passada: eram pouco mais de 2 horas da manhã, quando o meu celular tocou. Estranhei ao ver o nome dela na chamada. Ligações essas horas, certamente, não é por coisa boa. Atendi e ela estava bem nervosa, chorando bastante. Mal conseguia explicar o que lhe acontecera. Explicou. Conversamos o mínimo e continuaríamos depois.
Voltei a dormir preocupada com suas condições. Porém, uma certa felicidade invadiu o meu peito: Na hora do desespero, ela ligou pra mim. Nem preocupou-se com a hora, sabia que eu não me importaria com aquilo, também. Ela sabia que podia contar comigo!!! E, ainda estou ajudando-a no caso.
Procuro, sempre, cultivar as minhas amizades e cheguei à conclusão de que o faço bem. Quero que meus amigos tenham certeza de que podem confiar em mim; contar comigo para o que precisarem. Agora, eu prefiro pensar assim: enquanto não tenho notícias, estou feliz porque sei que eles estão bem; quando eu tiver notícias, ficarei feliz porque verei que quando em apuros, eles sabiam onde encontrar um ombro amigo e braços abertos para recebê-los e apoiá-los!

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"Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui."
(Clarice Lispector)

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