Estou feliz com o que
me aconteceu esses dias.
Depois de acabado os
tempos de colégio, nossa amizade sofreu mudanças. Isso não foi surpresa para
mim. Sabia que aconteceria (e faço de tudo para que sintam que, no fundo, nada
mudou). Não foi só o fim do colegial, mas, principalmente, o início de nossos
namoros: primeiro o meu, que já teve fim; hoje, o dela.
Éramos muito unidas.
Vivemos momentos incríveis e coisas inesquecíveis, juntas. Dividimos muitos
segredos, experiências, aventuras. E construímos uma linda amizade. Nos
distanciamos por vários motivos: ocupações; por morarmos longe; uma sendo
solteira e outra namorando, não freqüentamos os mesmos lugares... essas coisas.
Hoje, não sei muita notícia dela. Quando nos encontramos, o que pouco acontece,
sinto um “ar” diferente do que era. Mas, continuamos amigas!
O melhor aconteceu na
semana passada: eram pouco mais de 2 horas da manhã, quando o meu celular tocou.
Estranhei ao ver o nome dela na chamada. Ligações essas horas, certamente, não
é por coisa boa. Atendi e ela estava bem nervosa, chorando bastante. Mal conseguia
explicar o que lhe acontecera. Explicou. Conversamos o mínimo e continuaríamos
depois.
Voltei a dormir
preocupada com suas condições. Porém, uma certa felicidade invadiu o meu peito:
Na hora do desespero, ela ligou pra mim. Nem preocupou-se com a hora, sabia que
eu não me importaria com aquilo, também. Ela sabia que podia contar comigo!!!
E, ainda estou ajudando-a no caso.
Procuro, sempre,
cultivar as minhas amizades e cheguei à conclusão de que o faço bem. Quero que
meus amigos tenham certeza de que podem confiar em mim; contar comigo para o
que precisarem. Agora, eu prefiro pensar assim: enquanto não tenho notícias,
estou feliz porque sei que eles estão bem; quando eu tiver notícias, ficarei
feliz porque verei que quando em apuros, eles sabiam onde encontrar um ombro
amigo e braços abertos para recebê-los e apoiá-los!
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"Um amigo me chamou pra
cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso. E fui."
(Clarice Lispector)
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